
Apresentação
Amanda, uma menina de cinco anos, descobre um tumor no pescoço — o início de uma dura jornada contra o câncer. Filha de um caminhoneiro e de uma frentista, a família simples e amorosa vê sua rotina ser transformada pela doença. O tratamento inicial não surte efeito. Amanda passa a frequentar a escola de forma irregular, enquanto a mãe abandona o trabalho para dedicar-se integralmente à filha, agravando a fragilidade financeira da família.
Aos seis anos, Amanda inicia sessões de quimioterapia. Entre avanços e recaídas, é transferida aos dez para o Hospital Amaral Carvalho, referência nacional em transplantes de medula óssea, na cidade de Jaú.

Paralelamente, acompanhamos outras duas histórias: a de uma cientista de 30 anos, dedicada à pesquisa contra o câncer, que enfrenta silenciosamente a própria doença, apoiada apenas pela irmã, uma jornalista e a de um jovem jogador de futebol, astro em ascensão, que vive os excessos da fama até ser surpreendido por um diagnóstico devastador: leucemia em estágio avançado.
Os três personagens não se conhecem, mas suas vidas seguem linhas paralelas que revelam o impacto físico, emocional e social da doença. O filme costura essas trajetórias com sensibilidade, revelando também o drama silencioso vivido por famílias desestabilizadas, mesmo com acesso ao tratamento humanizado.
A irmã da cientista descobre, em anotações íntimas, o registro da luta e dos sentimentos da irmã. Inspirada, ela cria o blog “Leucemia Zero no Brasil”, voltado à conscientização e arrecadação de doadores de medula óssea. Vai além: integra-se a um grupo de “Médicos do Riso”, levando alegria a crianças em tratamento.
O atleta, em estado grave, depende de um transplante urgente. Seu irmão compatível sofre um acidente fatal antes de concretizar a doação. Enquanto isso, Amanda aguarda a chance de sobreviver. Aos 14 anos, a esperança renasce: ela é submetida ao transplante.
O desfecho é carregado de emoção. Em meio a um fio de vida, reafirma-se a união entre ciência, fé e solidariedade. "Amanda" não é apenas uma história de dor - é um tributo à resistência humana, à empatia e ao poder transformador da doação de medula óssea.